31/07/2014

TRAFICANTE DE ÓRGÃOS É EXTRADITADO PARA PE


O ex-militar israelense Gedalia Tauber (78), condenado pela Justiça a cumprir pena de 11 anos e 9 meses de prisão por tráfico internacional de órgãos e formação de quadrilha, será extraditado da Itália para Pernambuco; Tauber foi preso pela Polícia Federal em 2003, durante a Operação Bisturi que desarticulou uma quadrilha internacional de tráfico humano para a extração ilegal de órgãos; ele era procurado pela Interpol desde 2009, quando fugiu do Brasil; ele foi detido pela polícia italiana neste final de semana ao tentar entrar naquele país utilizando um passaporte falso

Pernambuco 247 - O ex-militar israelense, Gedalia Tauber (78), condenado pela Justiça a cumprir pena de 11 anos e 9 meses de prisão por tráfico internacional de órgãos e formação de quadrilha, será extraditado da Itália para Pernambuco. Tauber foi preso pela Polícia Federal em 2003, durante a Operação Bisturi, que desarticulou uma quadrilha internacional de tráfico humano para a extração ilegal de órgãos. Ele era procurado pela Interpol desde 2009, quando fugiu do país.

Desde a última segunda-feira (28), um delegado e um agente federal da Interpol foram enviados à Itália para realizar a extradição do ex-oficial do Exército de Israel. Tauber era considerado foragido desde 2009, quando recebeu uma autorização da Justiça de Pernambuco para realizar uma viagem por um período de 30 dias e não retornou ao Brasil no período determinado.

Tauber foi detido em junho, no aeroporto de Fiumicino, em Roma, ao tentar entrar em território italiano em um voo proveniente de Boston, nos Estados Unidos. Os policiais desconfiaram da autenticidade do passaporte e ao realizarem uma pesquisa nos bancos de dados identificaram que ele era procurado pela Interpol.

O israelense deverá chegar ao Recife neste sábado (2) e em seguida será levado para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), onde ficará à disposição da 1ª Vara Regional de Execução Penal. Gedalia Tauber ainda tem que cumprir os 4 anos e 9 meses de prisão restantes da pena que lhe foi imputada.

De acordo com a Polícia Federal, a quadrilha atuava no Recife e em diversas cidades do interior de Pernambuco. Após o aliciamento visando a retirada de um dos rins para serem transplantados em pacientes israelenses, as pessoas viajavam para a África do Sul, onde as cirurgias eram realizadas. Além dos ganhos diretos oriundos dos transplantes sob encomenda, a quadrilha também fraudava o sistema de saúde do país, que pagava cerca de US$ 150 mil por cirurgia realizada.

As pessoas aliciadas assinavam uma declaração falsa onde informavam que o órgão estava sendo doado para um parente. Após receber o dinheiro, a quadrilha dividia o dinheiro e pagava ao doador um valor até 20 vezes inferior ao que era distribuído aos envolvidos no esquema.

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